Notícia

João Eduardo Justi - Publicado em 29-09-2025 13:00
Pesquisa premiada pelo Inpe propõe estratégia para controle do javaporco
Estudo do CeMECA/UFSCar recebeu prêmio no WorCAP 2025 (Foto: Arquivo pessoal)
Estudo do CeMECA/UFSCar recebeu prêmio no WorCAP 2025 (Foto: Arquivo pessoal)
Um estudo desenvolvido no Centro de Modelagem em Ecologia e Ciências Ambientais (CeMECA), do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, conquistou o prêmio de Melhor Trabalho da Liga Júnior no Workshop de Computação Aplicada (WorCAP) 2025, evento promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A pesquisa, intitulada "Modelagem do controle populacional de Sus scrofa por meio de simulações estocásticas", é de autoria de Vittoria Façanha Bassani e Giulia Canali Forace, estudantes do curso de Biologia da Conservação, e foi submetida na categoria Artigo Curto. O trabalho já havia sido selecionado para apresentação na sessão relâmpago do evento, que reúne projetos relacionados às áreas de Geoinformática e Ciência de Dados Geoespaciais, Inteligência Artificial para Aplicações Espaciais e Modelagem Computacional de Fenômenos Naturais.

A espécie de javaporco (Sus scrofa) é considerada invasora no Brasil e está listada entre as 100 piores espécies invasoras do mundo, com impactos significativos sobre os ecossistemas. O animal provoca destruição de lavouras e habitats, transmissão de doenças a animais domésticos e, em casos extremos, pode até causar a morte de seres humanos, o que torna seu controle populacional uma questão urgente.

O estudo premiado desenvolveu um simulador para analisar o crescimento populacional da espécie considerando impulsos periódicos (eventos de caça), ferramenta que contribui para aprimorar estratégias de manejo e controle dessa população.

"Esse reconhecimento reforça a importância do trabalho interdisciplinar e aplicado desenvolvido no CeMECA e no Campus Lagoa do Sino, mostrando como a modelagem computacional pode apoiar a gestão ambiental e a conservação dos ecossistemas", destaca a equipe.

O trabalho teve orientação do professor Iuri Ferreira, do Centro de Ciências da Natureza (CCN) do Campus Lagoa do Sino da UFSCar, e apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), fundamental para a execução da pesquisa.