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Gisele Bicaletto - Publicado em 25-06-2025 13:00
Estudo avalia comportamentos físicos de gestantes brasileiras
Gestantes, a partir do segundo trimestre de gravidez, podem participar da pesquisa (Foto:Pexels)
Gestantes, a partir do segundo trimestre de gravidez, podem participar da pesquisa (Foto:Pexels)
Uma pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Estudos em Fisioterapia na Saúde da Mulher (NEFISM) da UFSCar pretende verificar a influência do nível de atividade física e do comportamento sedentário na qualidade de vida e saúde mental de gestantes. O estudo preenche uma lacuna desse tipo de pesquisa com grávidas brasileiras e pode auxiliar na elaboração de programas de educação em saúde para esse público. Gestantes a partir do segundo trimestre podem ser voluntárias da pesquisa e receberão relatório completo das avaliações.

O projeto é desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFT) da UFSCar e integra uma pesquisa de mestrado e doutorado, sob orientação de Ana Carolina Sartorato Beleza, coordenadora do NEFISM e docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição. "Até o presente momento não foram encontrados estudos que avaliem objetivamente o nível de comportamento sedentário e atividade física em gestantes brasileiras", destaca Giovana Poli, uma das pesquisadoras do projeto. Ela aponta que o estudo possibilitará compreender se as gestantes brasileiras atendem às recomendações vigentes sobre atividade física, quais as barreiras e facilitadores para esses comportamentos e como isso pode afetar a saúde mental e qualidade de vida desse público.

Giovana Poli explica que a prática diária de 20 a 30 minutos de atividade física, de intensidade moderada a vigorosa, é recomendada para mulheres no período gestacional, podendo auxiliar no controle de ganho de peso gestacional, redução de sintomas de dor musculoesquelética, prevenção e controle de diabetes e hipertensão gestacional, além da melhora da qualidade do sono. "Ainda que as recomendações de atividade física sejam atingidas, o tempo gasto em comportamento sedentário pode ser elevado e estar associado a desfechos negativos, como mortalidade, incidência de doenças cardiovasculares, desenvolvimento de diabetes gestacional e baixo peso do bebê ao nascer, por exemplo", complementa a pesquisadora sobre o impacto do sedentarismo na gestação.

Pesquisa
O projeto da UFSCar utilizará um dispositivo tecnológico para avaliar os comportamentos físicos das gestantes voluntárias ao longo de sete dias. Trata-se de um sensor fixado na coxa com uma fita, totalmente indolor e não invasivo. Após essa etapa, será feito um relatório sobre cada participante para levantar os dados para a pesquisa. 

De acordo com a pesquisa, os resultados do estudo "podem apoiar a criação de programas de Educação em Saúde e atividade física ao longo da gestação e pós-parto considerando o contexto das mulheres brasileiras".

Para realizar a pesquisa estão sendo convidadas gestantes, a partir do segundo trimestre gestacional, maiores de 18 anos. Serão realizados três encontros ao longo do ciclo gravídico puerperal, todos no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (Lamu), que fica no DFisio, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. As interessadas em participar devem preencher este formulário ou entrar em contato pelos telefones/WhatsApp (16) 98173-3936 (Giovana) ou (14) 99185-9654 (Letícia). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE:  84352024.3.0000.5504).