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Gisele Bicaletto - Publicado em 23-07-2020 13:00
Pesquisa avalia impactos da pandemia na saúde dos trabalhadores
Estudo avalia impacto na pandemia na saúde dos trabalhadores (Imagem: Freepik)
Estudo avalia impacto na pandemia na saúde dos trabalhadores (Imagem: Freepik)
Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, pretende avaliar os impactos psicossociais e na capacidade de trabalho, causados pela pandemia de Covid-19, entre profissionais de diferentes áreas e ocupações e acompanhá-los ao longo de 12 meses. 

A pesquisa é realizada por Marcela Alves Andrade, sob orientação de Tatiana de Oliveira Sato, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio), com colaboração de Cristiane Moriguchi de Castro, também docente do DFisio, Vivian Mininel, professora do Departamento de Enfermagem (DEnf), e Mariana Vieira Bastistão, fisioterapeuta do Hospital Universitário (HU), todas da UFSCar.

Segundo Sato, a hipótese é que "haverá um grande impacto da pandemia nos aspectos psicossociais e na capacidade de trabalho, causando prejuízo à saúde dos trabalhadores". Ela acredita que a pandemia deve afetar de forma distinta diferentes grupos e que a pesquisa poderá identificar as populações mais afetadas  - possivelmente, trabalhadores da Saúde, mulheres com filhos, trabalhadores com vínculos precários, informais, idosos etc. - e os impactos sofridos em cada uma delas, como medo de adoecer, perda de renda, aumento de demanda de trabalho, entre outros.

A ideia é que o estudo contribua para elucidar o efeito a longo prazo da pandemia na vida dos trabalhadores. "De acordo com nossos resultados, poderemos elaborar recomendações específicas a serem adotadas por empresas, instituições e pelo poder público, por exemplo", afirma a orientadora.

Para desenvolver o projeto, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, a partir de 18 anos, que sejam trabalhadores formais ou informais, de qualquer parte do País. Os participantes responderão a questionário online, durante as fases de aumento e de estabilidade da curva epidêmica. O tempo de resposta é de 15 minutos. O acompanhamento de 12 meses será realizado na fase descendente, quando a curva de contágio começar a abaixar. 

Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail marcelaandradefisio@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 31885020.9.0000.5504).